sexta-feira, 13 de maio de 2016

Roberto Cardoso (Maracajá) em/ Roberto Cardoso (Maracajá) in


Roberto Cardoso (Maracajá) em/ Roberto Cardoso (Maracajá) in



Roberto Cardoso (Maracajá) em

Roberto Cardoso (Maracajá) in








































Roberto Cardoso (Maracajá) em “Jornal Metropolitano”

Roberto Cardoso (Maracajá) in “Jornal Metropolitano”


Textos publicados no Jornal Metropolitano. Parnamirim/RN.



Roberto Cardoso (Maracajá) em “O Mossoroense”

Roberto Cardoso (Maracajá) in “O Mossoroense”


Textos publicados no jornal O Mossoroense. Mossoró/RN.



Roberto Cardoso (Maracajá) em “Kukukaya”

Roberto Cardoso (Maracajá) in “Kukukaya”


Textos publicados na Revista Kukukaya. Revista Virtual.



Roberto Cardoso (Maracajá) em “Jornal de Hoje”

Roberto Cardoso (Maracajá) in “Jornal de Hoje”


Textos publicados no Jornal de Hoje. Natal/RN



Roberto Cardoso (Maracajá) em Informática em Revista

Roberto Cardoso (Maracajá) in Informática em Revista


Textos publicados em Informática em Revista. Natal/RN



Roberto Cardoso (Maracajá) em Publikador

Roberto Cardoso (Maracajá) in Publikador





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Roberto Cardoso (Maracajá) em Google+

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Roberto Cardoso (Maracajá) em Tumbir

Roberto Cardoso (Maracajá) in Tumbir







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Roberto Cardoso (Maracajá) em ISSUU

Roberto Cardoso (Maracajá) in ISSUU


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Roberto Cardoso (Maracajá) in Linkest









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Roberto Cardoso (Maracajá) em Jerimum news

Roberto Cardoso (Maracajá) in Jerimum News


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Roberto Cardoso (Maracajá) em Xananas Blog

Roberto Cardoso (Maracajá) in Xananas Blog


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http://forumaracaja.blogspot.com.br/2016/05/roberto-cardoso-maracaja-em-roberto.html



Roberto Cardoso (Maracajá) em

Roberto Cardoso (Maracajá) in

































domingo, 1 de maio de 2016

Diário de bordo de uma Caravela



Diário de bordo de uma Caravela  PDF 626
http://virtualcul.dominiotemporario.com/kukukaya_mar_abr_2016/kukukaya_mar_abr_2016.html


Na época dos descobrimentos, os europeus lançaram-se ao mar em busca de especiarias, já que o caminho terrestre estava impedido, com a tomada de Constantinopla. Temperos e especiarias definiam seus gostos, suas tradições e seus conhecimentos; marcavam as suas divisas territoriais e culturais. E navegando pelos mares, encontraram novas terras e novos conhecimentos. Buscavam inicialmente um novo caminho para as Índias, e a prova de que a Terra era redonda, assim aprendemos na história, assim foi registrado em alguns livros. Com documentos de Pedro Alvares Cabral e Cristóvão Colombo.

Mas podiam ter outros objetivos, pois começavam um processo de globalização, aproximando os continentes. E por navegar em mares nunca dantes navegados, enfrentaram novas aventuras, e acabaram por adquirir novas informações, novos conhecimentos. Descobriram novas doenças, novas causas e novas curas, como o caso do escorbuto, curado com a ingestão e uso do limão, um item que passou ser necessário ter a bordo, entre medicações e mantimentos, nas próximas viagens programadas. Descobriram novos costumes, novos usos e novas especiarias.

Descobriram novas terras e implantaram suas ideias e seus temperos. Levaram novos conhecimentos e mercadorias para as terras encontradas, repetindo seus atos na viagem de volta, expatriando mercadorias, das novas terras descobertas. Começaram com vegetais e depois foram em busca dos minerais. Desmatamento e escavações, continuaram pelos séculos seguintes. E com o conhecimento adquirido, com vegetais e minerais explorados, pesquisados e transformados, hoje vendem conhecimento e tecnologia. Do ferro fizeram o aço, da navegação marítima a navegação aérea, chegando a navegação na internet. Agora estudam os ventos para vender conhecimento e tecnologia. Insistem em um discurso de autossuficiência, para países em desenvolvimento. Guardam para si as melhores partes do conhecimento, da tecnologia e da economia.

Começaram com barcos pequenos próximos a costa. Embarcaram em barcos maiores, e saíram em busca de mercadorias. Primeiro costearam a África. Não fizeram nada de novo, a navegação e o comercio marítimo já era de conhecimento dos Fenícios. Haviam trocas de mercadorias no Mar Mediterrâneo, entre Europa, África e Ásia. E arriscaram enfrentar o Atlântico. Mas levaram na bagagem algumas novidades, para navegar em lugares desconhecidos. Poderiam encontrar animais da imaginação, ou povos selvagens e não amistosos.

Embarcaram algumas novidades, em suas caravelas, como a tinta e o papel; armas e pólvora. Estavam armados de penas e tintas, com balas de armas e canhões, o uso bélico individual e coletivo, para conquistar com a força e o conhecimento cientifico. Tinham como símbolos a cruz e a espada (uma cruz invertida). Avistaram o Cruzeiro do Sul, e podem ter imaginado estar no caminho certo. Seus mastros e seus símbolos estampados nas velas, também tinham a forma de uma cruz. Aplicaram um recente conhecimento denominado cartesiano, com dados marcados em uma cruz. A cruz o maior legado de Jesus Cristo.

Precisavam fazer registros de suas batalhas e seus feitos; suas conquistas. Precisavam retornar com notícias e registros. Assim levaram a sua história, com conhecimentos bélicos e de marinharia, e outros tantos conhecimentos. As caravelas se tornam um símbolo de conhecimento com velas ao vento, tal como pensamento, que as vezes precisam de um leme, um comandante e um timoneiro. As caravelas permitiram novos conhecimentos, e transporte de mercadorias.

E agora uma Caravela partiu de Natal, para navegar em outras praias no litoral ou no interior. Percorrendo mares, rios e estradas. Tem a missão de conquistar novas terras com novos leitores, com papel e tinta de tipografia. Na data de novembro de 2015, uma Caravela lançou-se ao mar de informações e conhecimentos, capitaneada pelo comandante Torres Neto e seus oficiais de bordo Peixoto e Azevedo. A caravela partiu com a bandeira editorial Caravela Selo Cultural. E com registro de viagem número 1 do ano 1. Navegará e trará notícias de outras plagas. Trará de volta novos conhecimentos. Conjugará saberes e sabores.

A bordo seguiram personagens com outras patentes, entre tripulantes e passageiros, com conhecimentos diversos, de Alex Peixoto a Tacito Costa e algumas letras intermediarias do alfabeto. Na bagagem cultural estavam embarcados conhecimentos e literaturas do RN. Entre jornais e revistas, escritores e escritoras, muitos foram citados e estudados.

A bagagem que segue a bordo da Caravela é intelectual.  As primeiras caravelas transportavam mercadorias com objetivo do comercio, proporcionando propriedades comerciais, instaladas nas cidades e nos portos. O conhecimento estava com os comandantes das frotas. O comercio evoluiu, o volume de carga aumentou e foram transportadas matérias primas. Matérias primas estas que proporcionaram as indústrias, surgindo uma propriedade industrial e novos conhecimentos. O conhecimento como mercadoria, a estratégia da informação e da tecnologia.

A principal mercadoria atual é a informação, que transformada produz um conhecimento. As informações estão disponíveis nos meios de comunicação e arquivadas, transportadas em CDs, HDs e nas mentes. E a mente de cada um com informações e conhecimentos é a nova indústria de transformação, de informações em conhecimentos, produzindo novos conhecimentos, um capital de propriedade intelectual.

Uma caravela com olhares cartesianos, já que seu estaleiro foi na academia, com engenheiros navais, armadores, escritores e editores, oriundos de faculdades e universidades. E podem levar na bagagem seus certificados, seus diplomas e seus títulos, como armas para possíveis batalhas. Com uma cruz fazem uma diagramação e uma escolha e artigos. Uma Caravela com conhecimentos diversos partiu de Natal em sua viagem número 1. Fará um giro pelas mãos, e navegará pela internet. É a revista Caravela, uma revista de literatura potiguar.



Texto para Revista Kukukaya:

quarta-feira, 2 de março de 2016

O homem como escravo do tempo

O homem como escravo do tempo PDF 562 

Revista Kukukaya, Jan/Fev 2016



O homem como escravo do tempo, tornou-se refém da ciência, que ele mesmo criou, construindo escalas e gráficos. Não há mais em que acreditar, que não seja a ciência criadora de gráficos e estatísticas, com dados coletados, tentando resolver problemas, prever catástrofes e acontecimentos. Construindo modelos de causa e efeito, não se percebe ou dimensiona que os efeitos criam novas causas.
Enquanto o homem, ainda chamado de índio, o ser incivilizado pelo olhar da civilização, ele observava a natureza. Usava seus sentidos para colher informações. Com pés descalços e mão livres desenvolvia o tato. Comia, cheirava e observava. Escutava o canto dos pássaros, e o barulho das aguas, podia ouvir passos e identificar pegadas. Todo conhecimento vinha de informações obtidas, com uma atividade organoléptica, o uso dos sentidos. E foram produzindo um conhecimento, para ser transmitido, com os recursos que tinham naquele momento. Contando histórias e pintando paredes de rochas.
Sem a ciência hoje conhecida, mas com sua própria ciência, um conhecimento construído. O índio descobriu e concluiu, a refração da luz, ao lançar uma flecha para fisgar um peixe, ainda com aguas claras, límpidas e transparentes. Sabia onde lançar a flechas ou a lança, para fisgar um peixe que estava submerso, em um lugar diferente do que via.
Com práxis intelectuais, transformou varas em arcos e flechas; cabaças em garrafas; cipós em redes; ervas em remédios. Criou armas e utensílios; construiu remos e canoas. Construiu cestos e armadilhas, com o que tinha disponibilizado na selva ou nas matas. Dormiu na rede olhando para o céu. Observou os astros no céu, criou métodos, a partir de uma adoração (assim disseram os exploradores, credores de outras religiões). Construíram seus próprios deuses. Tal como hoje, o civilizado, adorando seus telefones, com informações e possibilidades de comunicação, com informações arquivadas em nuvens.  Como uma quiromancia, busca os seus destinos escritos, nas linhas sobre a mão.
Seus saberes e conhecimentos eram transmitidos por oralidade. E com atos e artesanatos. As festas marcavam datas e acontecimentos, os conhecimentos acumulados. Com atos encenados, pinturas e artefatos. Um dia de festa, um dia de aprendizado e conhecimento, um histórico da aldeia, onde cada um deles, um ator e um espectador; todos participavam (participam) da encenação e de uma preparação (um make off); um teatro a céu aberto.  
Colhiam informações por onde caminhavam. O conhecimento ancestral em uma mesma região, tinha como ser observado, e ser observadas as suas repetições, os ciclos da natureza. Era o observar do comportamento dos animais, tentando fazer uma previsão ou uma proteção do tempo. E o homem era um escravo naquele tempo, interagindo com todos os elementos, tendo a natureza como sua tutora, ditando as regras de comportamento e sobrevivência. Algumas informações foram gravadas em rochas, pelos que passaram por aquele local. Deixaram um conhecimento, inscrito nas rochas, tal como professores fazem o uso da lousa.
O homem denominado civilizado, se apoderou de um território, com o uso do papel e da pólvora. Europeus utilizaram conhecimentos e invenções de outros povos. Os ventos trouxeram suas caravelas, chegaram perdidos na costa brasileira. Podem ter sido regatados pelos índios, mas acreditamos no que foi escrito e contado pela história, que ficou registrada, e escrita, pela pena e a tinta. E o homem primitivo em terra os recebeu de braços abertos, não impediram seu desembarque. Talvez tenha ficados abismados pelos tamanhos dos barcos e suas enormes velas. Surgiram do nada, da linha do horizonte, um lugar desconhecido, o encontro do céu e do mar.
Com o passar do tempo chegaram os sertanejos invadindo um espaço que foi denominado de sertão. E por ser tão inóspito teve que aprender com quem estava ali instalado há muito tempo. Aconteceu uma mistura de raças e conhecimentos. Com o conhecimento da ciência até aquele momento, mais o conhecimento dos denominados primitivos instalados em outras eras, o homem daquele momento no tempo, foi adaptando-se e escravizando-se naquele espaço, naquele momento. O sertanejo fixou-se no sertão com seus conhecimentos, com o uso do couro e o uso da terra. Segurou a terra no laço. Transferiu seus conhecimentos por alguns rabiscos, e escritos chamados de cordel. Enquanto vivia na terra com seus conhecimentos, as cidades e a ciência, se desenvolviam. 
A ciência classificou-se os espaços de cidade e interior; litoral e interior; meio urbano e meio rural. O interior produzia conhecimento e alimento, a cidade consumia e processava. A cidade acumulou conhecimento, e registrou em papeis e livros, criou bibliotecas. Um modo de preservar e transmitir conhecimentos, ultrapassando a oralidade, que poderia se perder e modificar com o tempo, afinal eram muitos os conhecimentos. Fixou-se na cidade com aço e cimento.
E o homem civilizado, cada vez mais civilizado, pelo seu ponto de vista, criou uma nova ciência denominada precisa, por provar com dados e gráficos o que havia acontecido anteriormente, podendo fazer previsões para um futuro curto ou distante. A ciência formou uma fé e seus seguidores, com diplomas e certificados, simbolizados por um canudo de folha enrolada. Com a árvore transformada em papel, o registro da floresta.
Enquanto o espaço ainda não estava muito ocupado, e ainda era pouco modificado, as previsões chegavam perto de precisões ou meras coincidências. A ciência permitiu chegar ao espaço, na busca da casa de Deus. O homem sempre se inspirou no céu, e construiu naves espaciais, em nome do conhecimento, deixando um rastro na Terra, destruindo rios e serras.
Hoje os espaços estão muito modificados pelo homem e pela ciência. Cidades com bolsões de temperaturas formadas pelo homem e seu urbanismo, com pedras e asfalto; e poluição do ambiente. As terras foram reviradas em busca de minerais. Matas foram devastadas para criar animais. Os homens e os animais precisavam comer sementes e vegetais, e mais terras foram devastadas para dar lugar as plantações. E precisou da sua ciência para fazer a previsão do tempo e otimizar criações e plantações. Criou novas sementes, fez irrigação, precisou de estradas e caminhos para transportar a produção, e chegar nas grandes populações.
Entre as grandes concentrações de pequenas, medias ou grandes cidades, estão as rodovias e ferrovias, transferindo ciência e conhecimento, com trocas de mercadorias entre
os centros produtores e centros consumidores. A tendência a um ambiente uniformemente urbano, observado pelo homem e seu urbanismo. Aos pouco o que era virgem e inexplorado vai recebendo resíduos de tecnologia, transformando aquele ambiente com diversidade natural, de seres vivos e minerais.
E cada vez mais o homem se torna um escravo de seu tempo. Um tempo formado por ciência e tecnologia. Tenta agora administrar com inovação. Já não tem mais outros parâmetros para acreditar. Só pode acreditar na ciência que ele mesmo criou. Uma ciência criada durante um tempo que ela mesmo modificou, o ambiente analisado e estudado. E as alterações no ar, ou no solo, ela já não pode determinar que acontecera em um breve futuro. Os parâmetros foram modificados. Tenta agora também, imitar a natureza, criando a economia circular, com a busca do desperdício zero. A Terra mudou seu rumo e seu prumo, para recomeçar uma história, e pode ter modificado as consciências.
Só aqueles povos que não ficaram fechados em laboratórios, observaram tudo que passou, tudo que foi modificado, alterado pela presença do homem civilizado. Não perderam momentos, e acumularam conhecimentos. E estes povos salvarão o planeta. Reconstruirão a destruição do homem civilizado. 
Em 25/01/16 Roberto Cardoso “Maracajá” Produtor de conteúdo (Branded Content) 
Texto produzido para:

CONCURSO JAIDER ESBELL DE CRIAÇÃO LITERÁRIA 2015/2016
https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=853124924801086&id=100003107600872
Os textos devem ser enviados para o e-mail es.b@hotmail.com até o dia 25/01/2016.  
Em 25/01/16 Entre Natal/RN e Parnamirim/RN 
por Roberto Cardoso (Maracajá) Branded Content (produtor de conteúdo) Reiki Master & Karuna Reiki Master Jornalista Científico FAPERN/UFRN/CNPq 
Plataforma Lattes http://lattes.cnpq.br/8719259304706553 Produção Cultural http://robertocardoso.blogspot.com.br/     

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O homem como escravo do tempo, tornou-se refém da ciência, que ele mesmo criou, construindo escalas e gráficos. Não há mais em que acreditar, que não seja a ciência criadora de gráficos e estatísticas, com dados coletados, tentando resolver problemas, prever catástrofes e acontecimentos. Construindo modelos de causa e efeito, não se percebe ou dimensiona que os efeitos criam novas causas.
Enquanto o homem, ainda chamado de índio, o ser incivilizado pelo olhar da civilização, ele observava a natureza. Usava seus sentidos para colher informações. Com pés descalços e mão livres desenvolvia o tato. Comia, cheirava e observava. Escutava o canto dos pássaros, e o barulho das aguas, podia ouvir passos e identificar pegadas. Todo conhecimento vinha de informações obtidas, com uma atividade organoléptica, o uso dos sentidos. E foram produzindo um conhecimento, para ser transmitido, com os recursos que tinham naquele momento. Contando histórias e pintando paredes de rochas.
Sem a ciência hoje conhecida, mas com sua própria ciência, um conhecimento construído. O índio descobriu e concluiu, a refração da luz, ao lançar uma flecha para fisgar um peixe, ainda com aguas claras, límpidas e transparentes. Sabia onde lançar a flechas ou a lança, para fisgar um peixe que estava submerso, em um lugar diferente do que via.
Com práxis intelectuais, transformou varas em arcos e flechas; cabaças em garrafas; cipós em redes; ervas em remédios. Criou armas e utensílios; construiu remos e canoas. Construiu cestos e armadilhas, com o que tinha disponibilizado na selva ou nas matas. Dormiu na rede olhando para o céu. Observou os astros no céu, criou métodos, a partir de uma adoração (assim disseram os exploradores, credores de outras religiões). Construíram seus próprios deuses. Tal como hoje, o civilizado, adorando seus telefones, com informações e possibilidades de comunicação, com informações arquivadas em nuvens.  Como uma quiromancia, busca os seus destinos escritos, nas linhas sobre a mão.
Seus saberes e conhecimentos eram transmitidos por oralidade. E com atos e artesanatos. As festas marcavam datas e acontecimentos, os conhecimentos acumulados. Com atos encenados, pinturas e artefatos. Um dia de festa, um dia de aprendizado e conhecimento, um histórico da aldeia, onde cada um deles, um ator e um espectador; todos participavam (participam) da encenação e de uma preparação (um make off); um teatro a céu aberto.  
Colhiam informações por onde caminhavam. O conhecimento ancestral em uma mesma região, tinha como ser observado, e ser observadas as suas repetições, os ciclos da natureza. Era o observar do comportamento dos animais, tentando fazer uma previsão ou uma proteção do tempo. E o homem era um escravo naquele tempo, interagindo com todos os elementos, tendo a natureza como sua tutora, ditando as regras de comportamento e sobrevivência. Algumas informações foram gravadas em rochas, pelos que passaram por aquele local. Deixaram um conhecimento, inscrito nas rochas, tal como professores fazem o uso da lousa.
O homem denominado civilizado, se apoderou de um território, com o uso do papel e da pólvora. Europeus utilizaram conhecimentos e invenções de outros povos. Os ventos trouxeram suas caravelas, chegaram perdidos na costa brasileira. Podem ter sido regatados pelos índios, mas acreditamos no que foi escrito e contado pela história, que ficou registrada, e escrita, pela pena e a tinta. E o homem primitivo em terra os recebeu de braços abertos, não impediram seu desembarque. Talvez tenha ficados abismados pelos tamanhos dos barcos e suas enormes velas. Surgiram do nada, da linha do horizonte, um lugar desconhecido, o encontro do céu e do mar.
Com o passar do tempo chegaram os sertanejos invadindo um espaço que foi denominado de sertão. E por ser tão inóspito teve que aprender com quem estava ali instalado há muito tempo. Aconteceu uma mistura de raças e conhecimentos. Com o conhecimento da ciência até aquele momento, mais o conhecimento dos denominados primitivos instalados em outras eras, o homem daquele momento no tempo, foi adaptando-se e escravizando-se naquele espaço, naquele momento. O sertanejo fixou-se no sertão com seus conhecimentos, com o uso do couro e o uso da terra. Segurou a terra no laço. Transferiu seus conhecimentos por alguns rabiscos, e escritos chamados de cordel. Enquanto vivia na terra com seus conhecimentos, as cidades e a ciência, se desenvolviam. 
A ciência classificou-se os espaços de cidade e interior; litoral e interior; meio urbano e meio rural. O interior produzia conhecimento e alimento, a cidade consumia e processava. A cidade acumulou conhecimento, e registrou em papeis e livros, criou bibliotecas. Um modo de preservar e transmitir conhecimentos, ultrapassando a oralidade, que poderia se perder e modificar com o tempo, afinal eram muitos os conhecimentos. Fixou-se na cidade com aço e cimento.
E o homem civilizado, cada vez mais civilizado, pelo seu ponto de vista, criou uma nova ciência denominada precisa, por provar com dados e gráficos o que havia acontecido anteriormente, podendo fazer previsões para um futuro curto ou distante. A ciência formou uma fé e seus seguidores, com diplomas e certificados, simbolizados por um canudo de folha enrolada. Com a árvore transformada em papel, o registro da floresta.
Enquanto o espaço ainda não estava muito ocupado, e ainda era pouco modificado, as previsões chegavam perto de precisões ou meras coincidências. A ciência permitiu chegar ao espaço, na busca da casa de Deus. O homem sempre se inspirou no céu, e construiu naves espaciais, em nome do conhecimento, deixando um rastro na Terra, destruindo rios e serras.
Hoje os espaços estão muito modificados pelo homem e pela ciência. Cidades com bolsões de temperaturas formadas pelo homem e seu urbanismo, com pedras e asfalto; e poluição do ambiente. As terras foram reviradas em busca de minerais. Matas foram devastadas para criar animais. Os homens e os animais precisavam comer sementes e vegetais, e mais terras foram devastadas para dar lugar as plantações. E precisou da sua ciência para fazer a previsão do tempo e otimizar criações e plantações. Criou novas sementes, fez irrigação, precisou de estradas e caminhos para transportar a produção, e chegar nas grandes populações.
Entre as grandes concentrações de pequenas, medias ou grandes cidades, estão as rodovias e ferrovias, transferindo ciência e conhecimento, com trocas de mercadorias entre
os centros produtores e centros consumidores. A tendência a um ambiente uniformemente urbano, observado pelo homem e seu urbanismo. Aos pouco o que era virgem e inexplorado vai recebendo resíduos de tecnologia, transformando aquele ambiente com diversidade natural, de seres vivos e minerais.
E cada vez mais o homem se torna um escravo de seu tempo. Um tempo formado por ciência e tecnologia. Tenta agora administrar com inovação. Já não tem mais outros parâmetros para acreditar. Só pode acreditar na ciência que ele mesmo criou. Uma ciência criada durante um tempo que ela mesmo modificou, o ambiente analisado e estudado. E as alterações no ar, ou no solo, ela já não pode determinar que acontecera em um breve futuro. Os parâmetros foram modificados. Tenta agora também, imitar a natureza, criando a economia circular, com a busca do desperdício zero. A Terra mudou seu rumo e seu prumo, para recomeçar uma história, e pode ter modificado as consciências.
Só aqueles povos que não ficaram fechados em laboratórios, observaram tudo que passou, tudo que foi modificado, alterado pela presença do homem civilizado. Não perderam momentos, e acumularam conhecimentos. E estes povos salvarão o planeta. Reconstruirão a destruição do homem civilizado. 

Em 25/01/16
Roberto Cardoso “Maracajá”
Produtor de conteúdo (Branded Content) 

Texto publicado na revista Kukukaya
Texto inicialmente produzido para:

CONCURSO JAIDER ESBELL DE CRIAÇÃO LITERÁRIA 2015/2016
https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=853124924801086&id=100003107600872
Os textos devem ser enviados para o e-mail es.b@hotmail.com até o dia 25/01/2016.  
Em 25/01/16 Entre Natal/RN e Parnamirim/RN 

por Roberto Cardoso (Maracajá) Branded Content (produtor de conteúdo) Reiki Master & Karuna Reiki Master Jornalista Científico FAPERN/UFRN/CNPq 
Plataforma Lattes http://lattes.cnpq.br/8719259304706553 Produção Cultural http://robertocardoso.blogspot.com.br/